O Retorno da Múmia (2001)
O monstruoso sucesso do primeiro filme, A Múmia, que arrecadou mais de US$400 milhões de dólares somente em bilheteria em suas estreias pelo mundo, incentivou a Universal Pictures a desenvolver uma sequência. E mais: a intenção seria mudar pouco do que fora bem visto no original, trazendo novamente o vilão Imhotep (Arnold Vosloo), sua amada Anck-su-namun (Patricia Velasquez), além do retorno de Brendan Fraser, como Rick O’Connell, Rachel Weisz, atuando como Evelyn, o atrapalhado Jonathan, vivido por John Hannah, e o guerreiro medjai Ardeth Bay, novamente na pele de Oded Fehr. O filme ainda promoveu basicamente a estreia cinematográfica do lutador de luta livre Dwayne Johnson, conhecido como The Rock. Ele aparece pouco em cena no começo, sendo substituído por uma versão digital na sequência em que literalmente surge como O Escorpião Rei.
Com carta branca, Stephen Sommers voltou à direção, podendo se dedicar também ao roteiro, o que justifica as poucas mudanças no enredo. O Retorno da Múmia é quase uma refilmagem do primeiro filme ou até poderia ser uma versão alongada dele, já que a primeira parte se concentra no retorno de Imhotep e de Anck-su-namun. Isto é, todo o objetivo do primeiro filme passou a segundo plano depois que a Múmia conseguiu trazer sua amada de volta. Se ele não tivesse ambições de conquistar o mundo, o velho clichê dos filmes de ação, poderia muito bem ter vivido sua vida com a amante, com a manutenção de seus poderes. E é esse forçado “retorno da múmia” que enfraquece sua força narrativa ao ponto de desmerecer toda a aventura do primeiro.